O Guaíba, situado no Rio Grande do Sul, gera frequentes debates sobre sua classificação, sendo chamado por alguns de rio e por outros de lago. A dualidade do corpo hídrico se deve às características singulares que apresenta, combinando elementos de rio e lago em sua extensão. Essa peculiaridade dificulta uma definição precisa, já que possui margens com vegetação e profundidade típicas de um lago, enquanto no meio há um canal mais profundo com correnteza, característico de um rio.
O geógrafo Leonardo Fachel ressalta que a definição do Guaíba como rio ou lago não é apenas uma questão científica, pois influencia diretamente políticas ambientais. As Áreas de Proteção Permanente (APPs) são determinadas de acordo com essa classificação, sendo maiores para rios do que para lagos. A mudança na classificação do Guaíba, de rio para lago na década de 1990, facilitou a especulação imobiliária e a exploração de recursos na região.
No contexto atual, o Rio Grande do Sul enfrenta uma grave situação devido às fortes chuvas que provocaram estragos em diversas cidades. Milhares de gaúchos estão desalojados e o número de pessoas que precisaram buscar abrigo temporário aumenta a cada dia. A tragédia ambiental e humanitária impacta diretamente a vida de milhões de pessoas no estado, evidenciando a urgência de ações para lidar com as consequências dos eventos climáticos extremos.
