Google pagou US$ 20 bi para ser buscador padrão do Safari, navegador da Apple.

O Google desembolsou cerca de US$ 20 bilhões (R$ 100 bi) em 2022 para manter o acordo que o torna o mecanismo de busca padrão no navegador Safari, da Apple, presente em dispositivos como Macs, iPads e iPhones. Documentos vazados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelaram essa informação.

De acordo com a agência Bloomberg, essa informação pode ser usada como evidência em uma ação judicial antitruste movida pelo DoJ dos EUA contra a Alphabet. A empresa é acusada de desembolsar grandes quantias para manter um acordo ilegal com a Apple.

A gigante da tecnologia está sob investigação desde o final do ano passado por supostamente utilizar sua posição dominante para monopolizar o mercado de ferramentas de busca, prejudicando concorrentes com menos recursos financeiros.

O Departamento de Justiça dos EUA deve apresentar suas considerações sobre o caso até sexta-feira (03). Porém, a decisão final pode demorar, com um veredito previsto para o final do ano.

Atualmente, é possível alterar o mecanismo de busca padrão do Safari para Bing, Yahoo, DuckDuckGo ou Ecosia, mas muitos usuários não são informados sobre essa possibilidade, favorecendo o Google, que já é pré-configurado nos iPhones devido a esse acordo.

Especialistas acreditam que o Google pode perder essa batalha judicial e, nesse caso, a Alphabet e a Apple poderão ter que encerrar imediatamente o acordo de vários anos.

Além disso, o Google enfrentou uma ação movida pela Epic Games no final do ano passado, acusado de estabelecer um monopólio ilegal ao controlar o sistema Android e prejudicar não apenas a Epic, mas outros provedores de aplicativos ao exigir o uso exclusivo do processador de pagamentos da Play Store.