As companhias aéreas, como Gol, Azul e outras, estão debatendo regularmente os preços das passagens de carros voadores. Enquanto algumas empresas planejam cobrar até R$ 1.000 por pessoa, a Gol afirma que as viagens podem custar mais de R$ 500. Isso foi informado pela Folha de S.Paulo em um fórum sobre eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso verticais) em São Paulo.
Segundo o jornal, o presidente do conselho de segurança e operações de voo da Gol, Sergio Quito, mencionou que no início das operações, as viagens em carros voadores devem ter um custo mais alto do que o previsto pelas empresas. Inicialmente, espera-se cobrar cerca de US$ 100 (por volta de R$ 515) a cada 30 km percorridos.
No entanto, a principal dificuldade apontada por Quito para manter o preço estipulado está nos custos da operação. Ele explicou que, com passagens a US$ 100, seria necessário manter as aeronaves funcionando por pelo menos 12 horas por dia.
Devido ao fato de os eVTOLs serem veículos elétricos, seria essencial mantê-los por longos períodos em bases de carregamento. Além disso, não seria eficiente abastecer os carros voadores com os equipamentos disponíveis atualmente, de acordo com o presidente do conselho de segurança e operações de voo da Gol.
Os eVTOLs realizam decolagens e pousos em vertiportos, os quais exigem um tempo considerável para serem concluídos. Apenas com mais infraestrutura será possível aumentar a quantidade de veículos no céu e, consequentemente, reduzir os preços das passagens.
Viagens em carros voadores pela Gol e outras empresas podem chegar a US$ 50 no futuro. Com a evolução do setor, o preço das viagens pode ser reduzido de US$ 100 para US$ 50 (cerca de R$ 257) em trajetos de 30 km, em carros voadores de cinco assentos e pilotagem autônoma.
Inicialmente, as viagens em eVOTLs serão realizadas em locais de grande importância financeira para o país. Por exemplo, os veículos poderão transportar executivos da região da Faria Lima, em São Paulo, até o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Empresas, como a Azul, têm planos de oferecer voos para cidades do interior, como Campinas, e do litoral de São Paulo. Entretanto, essa atividade não será barata. Por enquanto, é mais vantajoso focar em passageiros de alta renda, os quais já utilizam helicópteros para se locomover.
