O chefe de IA da Microsoft afirmou que aqueles que constroem IA devem garantir que seja fácil para o público compreendê-la – e ofereceu sua própria analogia para ajudar a fazer isso.
Mustafa Suleyman, executivo-chefe de IA da Microsoft, disse durante uma palestra no TED 2024 que a IA é a mais nova onda de criação desde o início da vida na Terra, e que “estamos na onda mais rápida e mais importante de todos os tempos”.
Suleyman disse que a indústria precisa encontrar as analogias certas para o potencial futuro da IA como forma de “priorizar a segurança” e “garantir que esta nova onda sempre sirva e amplie a humanidade”. Enquanto a comunidade de IA sempre se referiu à tecnologia de IA como “ferramentas”, Suleyman disse que o termo não captura suas capacidades.
“Para conter essa onda, colocar a agência humana no centro e mitigar as consequências não intencionais inevitáveis que provavelmente surgirão, devemos começar a pensá-las como poderíamos a uma nova espécie digital”, disse Suleyman.
Ele também disse que vê um futuro onde “tudo” – desde pessoas até empresas até o governo – será representado por uma persona interativa, ou “IA pessoal” que é “infinitamente conhecedora”, “factualmente precisa e confiável”.
“Se a IA cumprir apenas uma fração de seu potencial” em encontrar soluções para problemas que vão desde a saúde até a educação, passando pela mudança climática, “a próxima década será a mais produtiva da história humana”, disse Suleyman.
Quando perguntado sobre o que o mantém acordado à noite, Suleyman disse que a indústria de IA enfrenta o risco de cair na “armadilha da aversão ao pessimismo”, quando na verdade deveria “ter coragem de confrontar o potencial de cenários sombrios” para obter o máximo dos benefícios potenciais da IA.
“As boas notícias são que, se você olhar para os últimos dois ou três anos, houve muito poucos contras”, disse Suleyman. “É muito difícil dizer explicitamente que mal um LLM causou. Mas isso não significa que essa será a trajetória nos próximos dez anos.”
Embora Suleyman tenha dito que vê de cinco a dez anos antes que os humanos tenham que enfrentar os perigos dos modelos de IA autônomos, ele acredita que esses perigos potenciais devem ser discutidos agora.
Este artigo apareceu originalmente no Quartz.
