Um estudo realizado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica (CPCE) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo tem como objetivo investigar o impacto da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na vida das pessoas e no sistema de saúde. A DPOC é uma das principais causas de morte no Brasil, mas metade das pessoas afetadas não sabe que têm a condição e, portanto, não recebem tratamento adequado.
A parceria entre a USP e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido, visa melhorar o diagnóstico, manejo e prognóstico da doença, bem como construir uma plataforma para futuras pesquisas colaborativas. O projeto, chamado Breath Well, está sendo realizado em vários países, incluindo Brasil, China, República da Macedônia do Norte e Geórgia.
Uma das características importantes desse projeto é o foco na atenção primária à saúde, em parceria com a comunidade e os postos de saúde. O Brasil participará da segunda fase do projeto, colaborando com pesquisadores do Peru e Argentina, e realizará pesquisas em diferentes áreas, como em São Bernardo do Campo, Butantã, Alcântara (MA) e em Manaus (AM).
Essa colaboração em pesquisa sobre a DPOC foi destacada em um evento realizado na FAPESP, que celebrou a parceria entre a fundação brasileira e a Universidade de Birmingham, e apresentou o University of Birmingham Brazil Institute (UBBI), voltado para facilitar a cooperação em pesquisa.
A Universidade de Birmingham possui acordos de colaboração com 186 universidades brasileiras, com chamadas conjuntas e pesquisas colaborativas financiadas pela FAPESP. Desde 2012, foram realizadas cinco modalidades de financiamento conjunto entre as instituições, resultando em aumento de citações e captação de recursos extras.
Essa parceria tem se mostrado benéfica e incentivadora de recursos, além de promover pesquisas de qualidade. Colaborações com coautores brasileiros tendem a resultar em trabalhos mais citados, ampliando o impacto e a relevância das pesquisas.
