A reutilização de veículos de teste hipersônicos totalmente recuperáveis é um marco importante para o MACH-TB, segundo George Rumford, diretor do Centro de Gerenciamento de Recursos de Testes, em comunicado. As lições aprendidas nesta campanha de testes nos ajudarão a reduzir o tempo de retorno do veículo de meses para semanas.
Krevor disse que o Talon-A carregava múltiplos experimentos em cada missão, mas não ofereceu detalhes sobre a natureza das cargas, citando motivos de propriedade e acordos com os clientes.
“Nós não podemos divulgar a natureza dessas cargas, exceto para dizer que são materiais típicos, instrumentação, sensores, etc.,” ele disse. “Os clientes ficaram encantados com sua capacidade de recuperar as cargas logo após o pouso.”
A Stratolaunch completou o primeiro voo motorizado de um veículo Talon-A no ano passado, quando o avião foguete foi lançado sobre o Oceano Pacífico e acionou seu motor Hadley alimentado por líquido, produzido pela Ursa Major, por cerca de 200 segundos. O veículo Talon-A1 acelerou até quase a velocidade hipersônica e depois caiu no mar conforme planejado, não sendo recuperado.
Isso preparou o terreno para o primeiro voo do Talon-A2 em dezembro.
Autoridades militares afirmaram anteriormente que estabeleceram o programa MACH-TB para possibilitar testes de voo mais frequentes de tecnologias de armas hipersônicas, incluindo comunicação, navegação, orientação, sensores e localizadores. A Stratolaunch tem como objetivo realizar voos mensais do avião foguete Talon-A até o final do ano e, eventualmente, pretende aumentar para voos semanais.
“Esses voos estão preparando o terreno agora para aumentar a frequência dos testes de voo hipersônicos neste país,” disse Krevor. “A capacidade de ter uma arquitetura de voo hipersônico totalmente reutilizável permite uma taxa muito alta de voos, juntamente com muita capacidade de resposta. O DoD pode chamar a Stratolaunch se houver um programa prioritário, e podemos ter um voo hipersônico na próxima semana, desde que todas as outras tecnologias e cargas estejam prontas.”
Autoridades do Pentágono em 2022 estabeleceram o objetivo de aumentar a capacidade dos EUA para testes hipersônicos de 12 para 50 testes de voo por ano. Krevor acredita que a Stratolaunch desempenhará um papel fundamental para que isso aconteça.
Então, por que os testes de voo hipersônicos são importantes?
O Pentágono busca fechar o que considera uma lacuna tecnológica com a China, que os oficiais dos EUA reconhecem ter se tornado líder mundial em desenvolvimento de mísseis hipersônicos. Armas hipersônicas são mais difíceis do que mísseis convencionais para os sistemas de defesa aérea detectar, rastrear e destruir. Ao contrário dos mísseis balísticos, as armas hipersônicas voam no topo da atmosfera, aprimorando sua capacidade de manobra e evasão de interceptadores.
O voo hipersônico é um ambiente impiedoso. As temperaturas fora do veículo Talon-A podem chegar até 1.100° Celsius (2.000° Fahrenheit) quando o avião passa por moléculas de ar, disse Krevor. Ele se recusou a divulgar a duração, a velocidade máxima e a altitude máxima dos voos de teste de dezembro e março, mas disse que o avião foguete realizou uma série de manobras de “alta G” na jornada desde o local de lançamento até Vandenberg.
