A sonda Voyager 1, lançada há 47 anos, restabeleceu contato com a NASA através de um transmissor que não era utilizado desde 1981. A uma distância de cerca de 25 bilhões de quilômetros da Terra, a sonda Voyager 1 é o objeto feito pelo ser humano mais distante do planeta, embora essa situação não deva perdurar por muito tempo.
Engenheiros da NASA acreditaram inicialmente que a sonda havia atingido seu limite quando perderam a comunicação com o principal transmissor da Voyager 1. No entanto, no último dia 16, de acordo com informações da NASA, os engenheiros detectaram o problema ao tentar executar comandos normais da sonda, como ligar o aquecedor. A expectativa da NASA era obter uma resposta dois dias depois, mas algo interferiu no sistema de proteção da Voyager 1, desativando completamente o transmissor.
A identificação de que a Voyager 1 estava utilizando o rádio de 1981 ocorreu devido ao fato de a sonda possuir um transmissor extra que opera em uma frequência de rádio diferente e mais fraca. A NASA não tinha certeza se esse segundo transmissor ainda estava funcional, pois, além da grande distância da sonda, não era utilizado desde 1981. No entanto, em 22 de outubro, engenheiros da Deep Space Network, sistema de antenas de comunicação da NASA, detectaram um sinal da Voyager 1 na frequência Banda S do antigo equipamento.
Neste momento, os engenheiros da NASA estão trabalhando para compreender o que aconteceu na falha anterior a fim de retomar as operações da Voyager 1. Lançadas pela NASA em 1977 para estudar os maiores planetas do Sistema Solar, as sondas Voyager 1 e 2 exploraram Júpiter, Saturno, Netuno e Urano, tendo vários instrumentos científicos desligados já no final da década de 1980. No entanto, em novembro do ano passado, um problema de comunicação manteve a Voyager 1 incomunicável por cinco meses, sendo que somente em abril deste ano a NASA conseguiu restabelecer o contato.
