O Ministério da Educação (MEC) realizou reuniões com lideranças quilombolas e redes de educação em Pernambuco para discutir a implementação da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq). Durante o encontro, foram apresentadas as ações da política no Quilombo Castainho, em Garanhuns. Nessa data, celebraram-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia Internacional da Mulher Negra e Caribenha.
Além disso, o MEC assinou simbolicamente a portaria que designará embaixadores para a Pneerq, visando estimular a participação social na implementação da política. O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, destacou a importância da iniciativa, que já conta com 77% de adesão nacional, com mais de 80% de participação no Nordeste. O investimento previsto é de R$ 2 bilhões até o fim da gestão para garantir a qualidade da educação escolar quilombola.
A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, Zara Figueiredo, ressaltou a relevância da política diante do alto índice de analfabetismo entre os quilombolas. A participação social e a alteridade foram destacadas como fundamentais para o sucesso da política.
Diversas ações já foram realizadas pelo MEC na Pneerq, como a criação de vagas para formação quilombola, incremento do valor do ensino no FNDE, e construção de escolas quilombolas em Garanhuns. Até a data, 77,2% das redes de educação já tinham aderido à iniciativa, sendo um total de 4.321 municípios, 26 estados e o Distrito Federal.
Antônio Bispo, líder quilombola, e Joana Maria Bispo, sua filha e educadora, também tiveram seus perfis destacados, com suas respectivas contribuições para a comunidade e para a educação. Finalizando, Zara Figueiredo reforçou a importância da democracia e da diversidade para alcançar os melhores resultados.
