Os pesquisadores descrevem que o processo de reparo celular pode ser direcionado para corrigir ou inserir novas sequências de DNA. Isso pode ser feito através de dois mecanismos principais de reparo: extremidades não homólogas, que podem causar perda de função, ou reparo dirigido por homologia, que permite a inserção de uma nova sequência de DNA no local danificado.
Além disso, a CRISPR-Cas9 possui diversas aplicações potenciais, como terapia gênica para corrigir mutações genéticas, modificação de células imunes em tratamentos oncológicos, combate a doenças infecciosas, criação de modelos de doenças e melhoramento genético de plantas para promover resistência a pragas e aumentar a produtividade.
Os estudos sobre o uso da edição genética CRISPR-Cas9 para combater a infecção pelo HTLV-1 estão em estágios iniciais, focando principalmente em experimentos em laboratório. Os pesquisadores estão explorando a capacidade da CRISPR-Cas9 para interromper a integração do HTLV-1 no genoma das células hospedeiras ou desativar genes virais essenciais.
Pesquisas futuras visam desenvolver técnicas que aumentem a eficiência e precisão da edição genética, como o design de novas sequências de RNA guia e métodos de entrega mais eficientes. Embora os estudos estejam avançando, ainda são necessários mais progressos para que o CRISPR-Cas9 se torne uma terapia viável contra o HTLV-1.
O estudo foi realizado no IMT sob a supervisão do professor Jorge Casseb, com a colaboração de outros pesquisadores e pós-graduandos. O artigo foi publicado na Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo no último dia 24 de agosto. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelos e-mails fornecidos.