É Correto Que Os Cientistas Façam Experimentos Em Si Mesmos

Uma virologista chamada Beata Halassy ganhou destaque recentemente ao publicar um relato sobre o tratamento bem-sucedido de seu próprio câncer de mama por meio da autoadministração de um tratamento experimental. Após passar por uma mastectomia e quimioterapia, Halassy decidiu tratar seu tumor injetando vírus conhecidos por atacar células cancerosas, em uma abordagem chamada viroterapia oncolítica (OVT). Embora a OVT ainda não seja aprovada para o tratamento do câncer de mama, é estudada como uma abordagem experimental. A autoexperimentação na medicina, como o caso de Halassy e outros exemplos como Barry Marshall, levanta questões éticas. É fundamental considerar princípios éticos básicos da pesquisa, como o processo de consentimento informado e a minimização de riscos razoáveis para os participantes. A autoexperimentação gera preocupações éticas, especialmente com o avanço de biotecnologias e comunidades de “bio-hacking” que se envolvem em várias formas de experimentação. É importante compreender os potenciais benefícios e riscos da autoexperimentação, bem como os possíveis danos a terceiros. A publicidade de experimentos arriscados pode afetar negativamente a realização de pesquisas importantes e prejudicar a aceitação social de tecnologias importantes. Embora seja ético que os cientistas se autoexperimentem em certos casos, é essencial garantir supervisão ética adequada e considerar os impactos além do indivíduo envolvido.