Nas profundezas dos oceanos polares, ocorre um fenômeno incomum e letal chamado de “dedo da morte”, que congela instantaneamente os animais marinhos.
O “dedo da morte”, cientificamente chamado de “brinículas”, é composto por pingentes de salmoura semelhantes a estalactites de gelo. Diferentemente das estalactites, as brinículas são estruturas tubulares que se formam na superfície e descem em direção ao fundo do mar.
Durante esse processo, as brinículas congelam a vida marinha ao redor de forma instantânea, representando um perigo mortal para as criaturas que habitam essas águas frias.
Essas formações se desenvolvem devido à diferença de temperatura entre o ar e a água do mar nas regiões polares durante o inverno. Essa diferença provoca o congelamento da superfície do mar, formando uma camada de gelo com pequenos buracos. A água salgada e densa passa por esses buracos e desce para o fundo do mar, congelando a água ao redor e formando as brinículas.
O fenômeno do “dedo da morte” é conhecido desde os anos 1960, mas somente em 2011 foi registrado em vídeo na Antártida, congelando animais no fundo do mar da baía Érebo.
Apesar de seu nome sugestivo, o impacto das brinículas no ecossistema marinho é considerado mínimo, devido à raridade da formação e à abundância das populações de animais que são congelados por elas.