Consórcio mapeia desigualdade de gênero na ciência em 16 países e propõe ações no WordPress

Um grupo de pesquisadores de diversos países e continentes está reunindo informações sobre desigualdades de gênero no ambiente de ciência, tecnologia e inovação (CTI). O projeto Gender STI, coordenado por uma equipe da Universidade Politécnica de Madri, identificou a sub-representação feminina em áreas ligadas à ciência e as dificuldades enfrentadas por mulheres para ocupar cargos de liderança em instituições de pesquisa. A análise de acordos internacionais revelou que apenas 15% deles mencionavam questões de gênero, mas esse cenário começou a mudar a partir de 2015, com alguns países apresentando avanços significativos nesse sentido.

No Brasil, Argentina e Portugal, os acordos analisados tinham pouca ou nenhuma menção ao gênero. Pesquisas mostram que nas áreas Stem, as mulheres são menos de 30% dos pesquisadores em países da OCDE. Além disso, a dificuldade de acesso a cargos de liderança e as questões relacionadas à maternidade e jornada dupla evidenciam a persistência das desigualdades de gênero na ciência.

O Gender STI identificou boas práticas para promover a equidade de gênero, como a inclusão de cláusulas nos acordos científicos que visam a igualdade de gênero, a criação de unidades de aconselhamento em organizações científicas e a oferta de programas de mentoria. O projeto deu origem ao Observatório Europeu de Gênero em Ciência, Tecnologia e Inovação, que busca conectar iniciativas e estudos sobre a realidade de cada país. A preocupação com a equidade de gênero tem se tornado uma tendência global, com agências de fomento tomando medidas para promover a diversidade e inclusão em suas estruturas decisórias.