Como o eclipse solar afeta o comportamento dos animais

É bem sabido que os humanos admiram os eclipses solares e aguardam ansiosamente por esse fenômeno. Porém, algo que muitas pessoas não consideram é o impacto que esse evento astronômico tem sobre os animais.

Durante a fase de totalidade, quando a Lua cobre completamente o Sol, alguns animais podem ficar confusos e agir como se fosse entardecer ou noite, mesmo o eclipse ocorrendo durante o dia.

Cientistas observaram formigas e abelhas agindo como se estivesse escuro durante um eclipse solar total, mesmo com luz suficiente ao redor. Isso acontece porque a escuridão provocada pelo eclipse interfere no ritmo natural dos animais.

Um estudo realizado durante o eclipse de 1984 acompanhou chimpanzés de um centro de pesquisa de primatas escalando seus recintos, procurando a posição mais alta para olhar para o céu.

Os flamingos também apresentaram comportamentos incomuns durante o eclipse, concentrando-se em uma ilha e ficando imóveis, dispersando-se conforme a totalidade diminuía.

Os eclipses lunares, quando a Lua é ocultada pela Terra, também influenciam o comportamento animal, especialmente em espécies noturnas. Um estudo descobriu que os macacos coruja de Azara, que são animais noturnos, pararam de procurar alimento durante um eclipse lunar.

Na próxima segunda-feira (8), ocorrerá um eclipse solar total, visível apenas para observadores na América do Norte e em partes da Europa. Este fenômeno, apelidado de “Grande Eclipse da América do Norte”, será o primeiro eclipse solar total visível no Canadá desde 26 de fevereiro de 1979, no México desde 11 de julho de 1991 e nos Estados Unidos desde 21 de agosto de 2017.

Apesar de perdermos o eclipse de abril, o próximo eclipse solar no Brasil está previsto para 2 de outubro de 2024, mas em grande parte do país será visto como um eclipse solar parcial.