Como e por que houve aurora boreal no mundo no fim de semana

No último final de semana, foi possível contemplar um espetáculo celeste incomum, com a presença das auroras boreais e austrais. Esse fenômeno, que normalmente ocorre nas regiões polares, tornou-se visível em diversas partes do mundo devido a uma tempestade solar de grande magnitude, sem precedentes nas duas últimas décadas.

A causa direta desse fenômeno foi uma tempestade solar extremamente forte, classificada como “severa” pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Essa tempestade teve início na sexta-feira e foi provocada pela liberação de uma ejeção de massa coronal do Sol, que consiste em grandes expulsões de plasma e campos magnéticos que, ao interagir com o campo magnético terrestre, resultam nas auroras.

Registros das auroras boreais foram feitos em Budapeste, Londres e até no norte de Portugal, enquanto no Hemisfério Sul, o raro fenômeno foi observado na Argentina e no Chile.

As auroras boreais e austrais são causadas pela interação de partículas carregadas de luz e energia com a Terra durante uma erupção solar. Essas partículas geram as cores verde e vermelha vistas no céu ao interagir com a atmosfera terrestre.

No hemisfério norte, as auroras são chamadas boreais, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora, e ao deus grego dos ventos do norte, Boreas. No hemisfério sul, são conhecidas como austrais, em alusão à sua localização no sul do planeta.

A NOAA emitiu alertas de possíveis perturbações em satélites e redes elétricas devido à intensidade da tempestade, recomendando precauções a operadores de satélites e companhias aéreas. A previsão é que a tempestade geomagnética persista na segunda-feira, sendo esperado que a aurora seja visível mais ao norte e em altitudes elevadas.