Com as mudanças climáticas impactando cada vez mais diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil, a resiliência das florestas tropicais, como a Amazônia, tem sido amplamente estudada. Nesse sentido, os cientistas têm se dedicado a aprimorar os modelos de vegetação, essenciais para a compreensão e gestão dos ecossistemas, visando à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável.
Um grupo de instituições brasileiras publicou um estudo na revista Earth System Science Data que traz mapas detalhados sobre as diferentes formas químicas de fósforo presentes no solo amazônico. A pesquisa, baseada em inteligência artificial, revela a baixa concentração desse mineral na região e os impactos dessa escassez no crescimento das espécies vegetais face às mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global.
Para alcançar esses resultados, os pesquisadores utilizaram informações de 108 pontos na Amazônia, desenvolvendo modelos de previsão para as diversas formas de fósforo no solo. Os mapas gerados indicam a distribuição desse mineral, apontando que as regiões mais ricas encontram-se na fronteira entre os Andes e a Amazônia.
Essas novas descobertas são fundamentais para o avanço no entendimento do comportamento das florestas tropicais frente às mudanças climáticas e outras interferências humanas. Os resultados obtidos podem contribuir para parametrizar e avaliar modelos de ecossistemas terrestres, fornecendo informações valiosas sobre a relação solo-vegetação na Amazônia.