Cientistas usam blockchain para estudar origem da vida em supercomputador

A tecnologia blockchain não é utilizada apenas para minerar criptomoedas, mas também para realizar pesquisas científicas. Um grupo de cientistas desenvolveu uma super rede de computadores com o objetivo de investigar a origem da vida na Terra.

Por meio de uma máquina baseada em blockchain, criada por uma equipe de químicos, foi possível descobrir que certos processos metabólicos primitivos ocorriam sem a participação de enzimas ou proteínas catalisadoras. Isso é diferente do metabolismo humano, no qual esses elementos são essenciais para transformar alimentos em energia.

Para estudar a Terra primitiva, os cientistas precisam analisar mais de 11 bilhões de possibilidades de reações químicas. Apenas uma máquina com grande poder computacional é capaz de lidar com tantas permutações, e um computador com esse desempenho pode nem mesmo existir ainda. Para contornar essa limitação, foi criado o supercomputador chamado Golem.

O Golem é uma plataforma de mineração de criptomoedas que realiza diversos cálculos em mais de 100 computadores ao redor do mundo. Em troca do tempo de processamento cedido, os proprietários das máquinas recebem criptomoedas. Os cientistas utilizam esse recurso não para acumular riqueza, mas para realizar análises químicas de alta demanda computacional.

O Golem permite que os pesquisadores executem grandes quantidades de cálculos matemáticos e aumentem suas capacidades computacionais. Espera-se que essa iniciativa possa contribuir para uma mudança de perspectiva da sociedade em relação à blockchain e criptomoedas.