Durante uma pesquisa por fósseis de dinossauros na Argentina, os cientistas descobriram o fóssil mais antigo de um girino gigante. Publicado na revista Nature, o estudo revelou que esse fóssil tem 161 milhões de anos.
Com essa descoberta, o fóssil quebrou o recorde do mais antigo girino já encontrado. O antigo recordista tinha cerca de 20 milhões de anos, enquanto o fóssil mais antigo de sapos adultos datava de 217 milhões de anos.
O fóssil do girino foi encontrado em um arenito durante uma escavação na Patagônia em janeiro de 2020. Os cientistas argentinos e chineses encontraram partes do crânio, da espinha, impressões dos olhos e nervos do girino, determinando que é o mais antigo e bem preservado do mundo.
O girino de 16 centímetros pertence à espécie Notobatrachus degiustoi e é um filhote de um sapo-gigante extinto há milhões de anos, sendo o sapo do período jurássico mais famoso e preservado.
A descoberta desse fóssil ajuda no estudo da evolução desses anfíbios, já que mostra que a espécie era uma das poucas da ordem Anura com girinos e sapos-gigantes, tendo o tamanho de algumas espécies adultas. Os cientistas ainda destacam a semelhança desse fóssil com os girinos atuais, apresentando resquícios dos sistemas de guelras para alimentação na água.
