Uma recente investigação, utilizando a técnica de datação por radiocarbono, sugere que alguns eventos históricos mencionados na Bíblia podem ter realmente ocorrido. Essa descoberta, que pode surpreender os céticos, traz uma nova perspectiva sobre determinados relatos bíblicos.
Os pesquisadores analisaram diferentes amostras de sedimentos de ocupações humanas na cidade de Jerusalém, incluindo a concentração de carbono radioativo em sementes carbonizadas. Isso permitiu que determinassem as datas dentro de um período conhecido como platô de Hallstatt, que existiu entre 770 e 420 a.C.
“Aprofundamos o vasto passado de Jerusalém, considerando evidências textuais e extensos vestígios arqueológicos, para superar desafios na datação por radiocarbono”, afirmam os pesquisadores.
O processo de datação por radiocarbono se baseia na análise do carbono 14 presente na amostra. Dessa forma, a quantidade de carbono 14 na amostra examinada fornece uma indicação do tempo decorrido desde a morte da fonte da amostra.
Uma das descobertas mais significativas do estudo é a possibilidade de identificar quando Jerusalém foi estabelecida e quando ocorreu um grande terremoto, um dos eventos cruciais mencionados na Bíblia. Com base na datação por radiocarbono, os cientistas estimam que o terremoto aconteceu por volta da metade do século VIII a.C., seguido por um período de reconstrução. Apesar dos relatos bíblicos desses eventos, o texto não fornece datas exatas.
Estima-se também que Jerusalém provavelmente foi estabelecida entre os séculos XII e X a.C., com essas descobertas sendo apoiadas por evidências da destruição babilônica em 586 a.C.
O estudo, conduzido por cientistas da Universidade do Arizona (EUA), foi publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Os pesquisadores esperam que essas descobertas incentivem outros cientistas a continuar investigando os eventos bíblicos, resultando na criação de uma nova cronologia.
