Avanços importantes são projetados para a infraestrutura de supercomputadores no Brasil, o que terá impacto nos recursos de computação de alto desempenho disponíveis para a pesquisa científica. As principais iniciativas vêm do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro para Computação em Engenharia e Ciências da Universidade Estadual de Campinas (CCES-Unicamp).
Os supercomputadores consistem em milhares de pequenos computadores chamados nós, capazes de realizar cálculos extremamente complexos em alta velocidade. Essas supermáquinas são fundamentais para a pesquisa, bem como para setores como defesa, energia e saúde. Equipamentos mais potentes permitem resolver problemas complexos em menos tempo.
Esses supercomputadores são utilizados em diversas áreas, incluindo simulações da formação do Universo, modelagem molecular para busca de novos fármacos e previsão do tempo e eventos climáticos extremos. Também são essenciais para pesquisas em óleo e gás, novos materiais, projetos aeroespaciais e energia renovável.
Com a incorporação da inteligência artificial em atividades econômicas e sociais, a demanda por supercomputadores eficientes tende a crescer. O LNCC planeja expandir o poder computacional do Santos Dumont, tornando-o o supercomputador mais potente do país. Atualmente, o SDumont tem capacidade de 5,1 petaflops e, com a atualização, chegará a entre 22 e 25 petaflops.
O Brasil possui nove supercomputadores listados no Top500, ocupando a 11ª posição em capacidade de supercomputação. Empresas como Petrobras e MBZ possuem essas máquinas, com destaque para o Pégaso, da Petrobras, como o maior supercomputador da América Latina.
A Petrobras investirá em um novo supercomputador para aprimorar a previsão climática no país. No total, são esperados até 8 petaflops de capacidade de processamento até 2027. A infraestrutura necessária para esses supercomputadores requer grande consumo de energia e recursos de refrigeração.
No cenário acadêmico, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) implantou o supercomputador Coaraci, o mais potente de uma universidade brasileira. Essa máquina possibilitará pesquisas locais em diversas áreas científicas. Além disso, consórcios como o C3SP fortalecem a pesquisa em São Paulo com um novo supercomputador de 5 petaflops.