Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) analisou a contribuição das águas pluviais e subterrâneas para a manutenção de nascentes e rios na região de Brotas, no Estado de São Paulo. Os resultados indicam que as chuvas não conseguem repor toda a água do Aquífero Guarani que é utilizada nas atividades humanas, colocando em risco a sustentabilidade do sistema hídrico.
O Aquífero Guarani é a maior fonte de água potável do mundo, estendendo-se por vários países. A área total do aquífero abrange cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, dos quais dois terços estão no Brasil. Apesar da quantidade expressiva de água doce armazenada, é necessário realizar estudos para compreender melhor os mecanismos hidrológicos do aquífero e garantir sua preservação.
Em São Paulo, o consumo de água do Aquífero Guarani representa uma parcela significativa da água consumida no país, com destaque para o abastecimento urbano e a irrigação agrícola. No entanto, em períodos de seca intensa, a disponibilidade de água pode ser comprometida, tornando vital o monitoramento e a gestão adequada dos recursos hídricos.
O estudo realizado pelos pesquisadores mostrou que a maior parte da água que abastece as nascentes na região de Brotas provém do Aquífero Guarani, indicando a importância desse sistema para a manutenção dos fluxos de água locais. A sustentabilidade do aquífero é essencial para evitar crises hídricas futuras e garantir o fluxo dos rios e nascentes.
Monitoramento em larga escala e uma gestão adequada são fundamentais para assegurar a utilização sustentável do Aquífero Guarani e garantir sua capacidade de abastecimento de água para milhões de pessoas.