Análises da NASA e da WMO (World Meteorological Organization) identificaram lugares no mundo que provavelmente se tornarão inabitáveis devido ao calor extremo até 2070, e o Brasil está na lista. Embora não seja todo o país afetado, grande parte dele está sob risco, principalmente a região mais próxima à linha do Equador.
Além de partes do Brasil, o sul da Ásia, leste da China, Golfo Pérsico e alguns estados dos EUA também enfrentarão condições difíceis para a manutenção da vida nos próximos 50 anos.
O climatologista australiano Andrew Watkins utilizou um estudo da WMO para criar um mapa destacando os lugares do planeta sob maior risco de atingir temperaturas que tornam as regiões inabitáveis. Segundo a WMO, 1 bilhão de pessoas poderão enfrentar extremo estresse térmico se o aumento da temperatura global atingir 2°C acima da era pré-industrial.
De acordo com o mapa, grande parte do Brasil será afetada, com destaque para as regiões Norte, Centro-Oeste e parte do Nordeste como os principais focos do aumento das temperaturas no país.
Tanto para as projeções da NASA quanto para o pesquisador Watkins, o índice de bulbo úmido foi utilizado como medida para avaliar o calor que torna a vida impossível. Este indicador não se trata da mesma coisa que a temperatura comum ou a sensação térmica.
O índice de bulbo úmido mede quão bem o corpo consegue se resfriar suando em um ambiente quente e úmido. Quanto mais baixa a temperatura de bulbo úmido, mais fácil é para uma pessoa se resfriar.
Quando o índice se aproxima da temperatura corporal, a capacidade de resfriamento do corpo é comprometida. Humanos não conseguem sobreviver a uma temperatura de bulbo úmido de 35°C, pois o corpo desidrata e entra em estado de estresse.
Assim, áreas do planeta que atingirem essas altas temperaturas se tornarão inabitáveis para os seres humanos.
