A Autoridade Portuária de Santos, localizada no litoral de São Paulo, planeja lançar um edital ainda neste primeiro semestre visando implementar tecnologias para combater o tráfico de drogas. Uma das medidas previstas é a autorização para a aquisição de drones submarinos, que auxiliarão na vigilância dos portos.
De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, em 2023 foi apreendida 1,68 tonelada de cocaína, sendo todo o material encontrado na parte submersa de cascos de navios somente no porto de Santos, o maior do hemisfério sul.
Nos últimos anos, a atividade dos mergulhadores ligados ao tráfico tem se intensificado. Os criminosos têm utilizado navios cargueiros como meio de transporte de drogas ilícitas em compartimentos internos e contêineres. No entanto, transportar drogas no casco tem se tornado um dos métodos preferidos.
Atualmente, a quantidade de agentes de vigilância disponíveis para realizar uma fiscalização abrangente é insuficiente. Portanto, está sendo planejada a realização de um concurso público para aumentar o número de servidores e assim reforçar o combate ao tráfico internacional.
O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, informou que os quatro mergulhadores vinculados à Marinha que atuam na região precisam inspecionar aproximadamente 25 quilômetros de canal. Para uma cobertura mais eficiente, seriam necessárias milhares de pessoas.
Diante desse cenário, o Brasil pode vir a utilizar drones subaquáticos para fiscalizar portos e combater traficantes internacionais de drogas. Pomini mencionou que o país já estudou as tecnologias possíveis de serem implantadas, e sugeriu a aquisição de drones submarinos chineses, equipamentos já utilizados em outras partes do mundo.
Atualmente, a Guarda Portuária já possui dois drones aéreos e um sistema de vigilância composto por cerca de 600 câmeras, algumas equipadas com tecnologia de sensor de movimento. As imagens são compartilhadas em tempo real com a Marinha para garantir uma resposta rápida diante de atividades suspeitas.