O Brasil registrou recordes de frio na semana passada, porém a tendência global para 2024 é de muito calor. Dados do historiador climático Maximiliano Herrera revelam que já ocorreram 15 recordes de calor em várias cidades ao redor do mundo este ano, além de 130 recordes mensais de temperatura desde janeiro.
O calor intenso de 2023, em parte atribuído a um El Niño historicamente forte, resultou em mais de 47 mil vítimas fatais. Mesmo com o fim desse fenômeno em 2024, os recordes de altas temperaturas continuam aumentando de acordo com estações de observação climática. O número de recordes já superados no primeiro semestre é alarmante.
Milhares de estações de monitoramento têm registrado novos recordes de temperaturas máximas e mínimas, com destaque para as altas temperaturas noturnas, que impedem a recuperação de pessoas e ecossistemas após o calor intenso do dia.
Locais como México, Austrália e Egito estabeleceram recordes nacionais de calor em 2024, sendo que em junho o México chegou a registrar até 52°C. O calor intenso se concentrou principalmente nos trópicos, especialmente no Norte da África e na região subsaariana.
