Muitos cientistas ao redor do mundo estão focados em desvendar os mistérios do cérebro humano. Além de estudar o funcionamento desse órgão complexo, alguns pesquisadores buscam formas de expandir suas capacidades para levar a humanidade a um novo patamar.
O cérebro, centro do sistema nervoso, é composto por 86 bilhões de neurônios interligados por mais de 1.000 conexões sinápticas. Para Ray Kurzweil, cientista da computação, o cérebro ainda não atingiu todo o seu potencial.
Segundo Kurzweil, o cérebro pode atingir um novo nível evolutivo através da tecnologia, por meio da implementação de uma interface artificial. Essa técnica, que lembra a ficção científica, consiste em implantar dispositivos tecnológicos para permitir que o cérebro acesse os 147 zettabytes de dados disponíveis na internet.
Kurzweil acredita que a integração do cérebro com a tecnologia pode ser benéfica para a humanidade, proporcionando acesso instantâneo às informações da internet. Isso poderia revolucionar a forma como as pessoas adquirem conhecimento.
O cientista prevê que uma polegada de nanotubos pode tornar a mente humana “cem milhões de vezes mais poderosa” e visualiza um futuro em que a humanidade estará interconectada, formando um tipo de “supercérebro” que eliminaria diferenças e promoveria uma melhor compreensão mútua.
Para alcançar esse estágio, os pesquisadores planejam utilizar nanorrobôs para construir essa interface artificial conectada ao cérebro. No entanto, regulamentações e preocupações sobre a saúde das pessoas podem ser obstáculos para sua implementação.
Apesar dos desafios, a nanotecnologia no cérebro está avançando, e especialistas como Nuno Martins afirmam que a integração de nanotecnologia ao cérebro é promissora devido aos avanços tecnológicos recentes. Kurzweil acredita que, dadas as evoluções tecnológicas atuais, será possível expandir os limites do cérebro humano por volta de 2045.
