Astrônomos Descobrem o Maior Buraco Negro Estelar da Via Láctea

A missão Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), foi lançada com o objetivo de identificar e mapear em 3D cerca de um bilhão de estrelas na Via Láctea. No entanto, durante as observações, os cientistas também descobriram o maior buraco negro estelar da nossa galáxia.

Recentemente, os pesquisadores notaram uma oscilação incomum em uma estrela da constelação de Aquila, o que indicava que essa estrela estava sendo atraída por um buraco negro. Este buraco negro, denominado BH3, é o de maior massa de origem estelar em nossa galáxia e o segundo mais próximo até agora descoberto.

O BH3 é um buraco negro estelar, formado a partir do colapso de uma estrela de grande massa no final de sua vida. Isso ocorreu após a explosão de uma estrela que se encontrava a apenas dois mil anos-luz da Terra. Além da sua massa surpreendente, é o segundo buraco negro mais próximo do nosso planeta e está acompanhado por uma estrela companheira.

O gigante cósmico central da Via Láctea, o Sagittarius A, ainda supera o BH3 em massa, sendo vários milhões de vezes mais massivo que o Sol. No entanto, o Sagittarius A não é um buraco negro estelar, pois sua formação não ocorreu a partir de estrelas.

Observações adicionais feitas pelo Very Large Telescope (VLT) no deserto de Atacama, no Chile, confirmaram a existência do BH3 e revelaram informações sobre a órbita da estrela companheira que o circunda a cada 11,6 anos. Diferentemente dos buracos negros supermassivos, como o Sagittarius A, que se formam a partir da fusão de outros buracos negros menores, o BH3 é semelhante aos buracos negros revelados por ondas gravitacionais em galáxias distantes.