Nesta história, pode-se pensar na Tesla como a maior fabricante de carros elétricos da América, mas a empresa não se vê mais dessa maneira. Em vez disso, o chefe da Tesla, Elon Musk, está determinado a transformar a montadora em uma empresa de tecnologia e inteligência artificial, daí seu intenso foco em carros autônomos e robôs. Agora, após reduzir sua força de trabalho em todo os Estados Unidos, a empresa está em busca de novos funcionários que possam fingir ser robôs para treinar os algoritmos que alimentarão suas futuras máquinas humanoides.
A abordagem é semelhante à forma como a Tesla programa seu sistema Autopilot, com engenheiros treinando o algoritmo para reconhecer e responder a coisas como faixas de pedestres e carros da polícia estacionados. Agora, a Tesla quer fazer o mesmo para seus robôs, pagando às pessoas para fingirem ser um robô por um dia. A função, chamada de “Operador de Coleta de Dados”, exige que os trabalhadores percorram rotas de teste e realizem tarefas designadas enquanto usam um traje de captura de movimento e um óculos de realidade virtual por mais de sete horas por dia, de acordo com a descrição do cargo na página de Carreiras da Tesla. Além de coletar dados, os trabalhadores também são esperados para analisar as informações coletadas, escrever relatórios diários e realizar algumas tarefas menores relacionadas ao equipamento e seu software.
A função também tem requisitos de altura muito específicos e que as pessoas devem ter entre um metro e setenta e um e um metro e oitenta e dois. Christian Hubicki, um roboticista da Florida A&M University, disse que a Tesla provavelmente está procurando por indivíduos que não só se encaixem nos trajes específicos, mas também tenham um tamanho semelhante ao do robô, que Musk disse ter cerca de um metro e setenta e dois.
No último ano, a empresa contratou “dezenas de funcionários” para treinar o robô humanoide, a quem chamam de Optimus. A função supostamente paga até 48 dólares por hora e exige que os funcionários usem trajes de captura de movimento e óculos de realidade virtual “por longos períodos de tempo”, relata a Business Insider.
A contratação de fãs de captura de movimento marca um contraste gritante com as ondas de demissões que a Tesla estava anunciando no início deste ano, quando cortou anúncios de emprego, demitiu funcionários e reduziu vagas de estágio.
