Uma pessoa de 23 anos faleceu nesta semana na Itália após complicações causadas por uma picada de aranha do gênero Loxosceles, conhecida popularmente como aranha-marrom ou aranha-violino. A vítima foi picada na perna direita em 13 de julho em uma área rural de Collepasso por uma aranha da espécie Loxosceles rufescens. Posteriormente, um abscesso se desenvolveu em sua perna, levando à necrose do membro. O rapaz veio a óbito devido a choque séptico e falência múltipla de órgãos em 17 de agosto.
O caso teve repercussão mundial, gerando dúvidas sobre o quão perigosa a Loxosceles pode ser, se toda picada dela é fatal e se há tratamento para a picada. Segundo o aracnologista e pesquisador científico do Instituto Butantan, Antonio Brescovit, a grande maioria das aranhas não tem a intenção de picar pessoas e muitas são inofensivas. No entanto, algumas espécies podem causar sérios problemas de saúde.
As aranhas do gênero Loxosceles costumam ter cerca de três centímetros de comprimento e diversas cores, não se resumindo apenas ao marrom. Além disso, são conhecidas como aranhas-violino devido ao desenho em seu abdômen que se assemelha a um violino. Essas aranhas estão presentes principalmente na América do Sul e são consideradas peçonhentas, podendo causar problemas sérios à saúde humana.
No Brasil, existem pelo menos 19 espécies de aranhas Loxosceles que não são agressivas, picando apenas em situações de defesa. Embora sejam dóceis, são consideradas perigosas para os seres humanos. A picada desse tipo de aranha geralmente causa dor leve a moderada no local, podendo evoluir para necrose em até três dias.
Para o tratamento da picada, o Instituto Butantan produz um soro antiaracnídico que neutraliza o veneno e pode prevenir a necrose cutânea se aplicado até 48 horas após o acidente. Ao se deparar com uma aranha, é recomendado não tocá-la diretamente e deslocá-la para fora da residência com um objeto, pois elas costumam picar apenas quando se sentem ameaçadas.
