A venda de álcool líquido 70% em supermercados e outros estabelecimentos no Brasil voltará a ser proibida. A Anvisa determinou que a proibição começará a valer a partir do dia 30 de abril.
Essa proibição existe há mais de duas décadas, mas foi suspensa nos últimos anos devido à pandemia de Covid-19. No entanto, a falta de informação sobre o vírus no início e a utilização de insumos importados para a produção do álcool em gel 70% levaram à decisão de restabelecer a proibição. Isso passou a permitir a venda direta ao consumidor até o final de 2023, com a possibilidade de esgotamento dos estoques até 29 de abril deste ano.
A proibição da venda de álcool na concentração de 70% tem como objetivo combater acidentes. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 150 mil internações acontecem por ano devido a queimaduras, e a Anvisa destaca que usar o álcool para acender churrasqueiras e fogueiras é uma situação de grande risco, devido à inflamabilidade e facilidade de propagação do líquido.
Mesmo sendo inflamável, o álcool em gel tem menor capacidade de propagação e risco de explosão do que o álcool líquido. Além disso, o álcool em gel com menor graduação alcoólica reduz os riscos. Por isso, são opções mais seguras.
A Abras, Associação Brasileira de Supermercados, criticou a decisão, afirmando que retiraria do consumidor um produto eficaz e com boa relação custo-benefício. No entanto, a ABIPLA, Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, apoia a medida.
Para substituir o álcool líquido 70%, pode-se optar pelo álcool 46° INPM, equivalente a 54° GL, classificado como desinfetante pela Anvisa. Verificar o rótulo do produto e seguir as instruções de uso e manipulação é essencial para garantir a eficácia dos produtos de limpeza e desinfecção.
