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Agentes são a mais recente tendência em inteligência artificial, com várias gigantes de tecnologia afirmam que irão proporcionar um grande impulso na produtividade das empresas. E parece que a maioria das empresas já está convencida dessa ideia.
Mais da metade das empresas já estão utilizando agentes de IA em seus fluxos de trabalho, de acordo com uma pesquisa internacional publicada pela empresa de computação em nuvem PagerDuty na terça-feira. O estudo, que entrevistou mil executivos de TI e de negócios, também descobriu que outros 35% das empresas planejam integrar agentes de IA até 2027.
A tendência foi mais pronunciada no Reino Unido, com 66% dizendo que já implantam agentes de IA, enquanto nos EUA o número foi de 48%.
Agentes de IA são AIs especializados e totalmente autônomos que podem acelerar certos fluxos de trabalho para empresas. Eles podem ajudar a agendar turnos e até mesmo fazer avaliações estratégicas e propor cursos de ação. E eles estão na moda na área de tecnologia recentemente, com grandes empresas trabalhando sem parar para lançar sua própria versão da tecnologia.
A gigante da tecnologia Amazon anunciou na segunda-feira o Nova Act, um agente de IA em estágio inicial que pode realizar tarefas em sites para você. A OpenAI lançou uma prévia de pesquisa semelhante de seu agente de IA Operator em janeiro.
E no mês passado, a chefe de IA empresarial da Meta, Clara Shih, disse à CNBC que espera que “todas as empresas, das muito grandes às muito pequenas”, sejam representadas por um agente de IA em breve.
“Os dados mais recentes da pesquisa da PagerDuty ilustram o quanto as organizações acreditam fortemente que a IA agente ajudará a desbloquear valor real da IA e da automação, já que 62% dos entrevistados na pesquisa esperam um retorno sobre o investimento de três dígitos”, disse o diretor de informação da PagerDuty Eric Johnson em um comunicado anunciando o estudo.
As empresas nos EUA esperam o maior retorno, quase o dobro do investimento inicial, de 192%, descobriu a pesquisa.
As empresas esperam esmagadoramente que os agentes de IA acelerem ou automatizem completamente pelo menos um quarto das cargas de trabalho da empresa. Mas quando se trata de comparar o potencial das capacidades de IA agentes com a tecnologia de IA generativa existente, os líderes empresariais estão divididos. Quarenta e quatro por cento acharam que a IA agente seria mais disruptiva do que a IA generativa, enquanto 40% se inclinaram para a IA generativa. Dezesseis por cento dos entrevistados disseram acreditar que as duas tecnologias terão o mesmo impacto.
Embora ambas tendam a depender largamente de grandes modelos de linguagem, a IA generativa se concentra em criar conteúdo como texto, imagens ou vídeo em resposta a prompts humanos, enquanto a IA agente é autônoma e mais proativa do que reativa.
No final do ano passado, o CEO da Salesforce, Marc Benioff, afirmou que estamos entrando em uma “era agente” com agentes de IA autônomos prontos para disruptar o local de trabalho. Mas alguns analistas, como o chefe de pesquisa global de ações do Goldman Sachs, Jim Covello, adotam uma abordagem mais cética, argumentando que os investimentos caros em IA agentes podem gerar retornos surpreendentemente modestos.
Mais empresas integraram a IA generativa em seus fluxos de trabalho do que a IA agente neste ponto de adoção, de acordo com a pesquisa, com 63% respondendo que ela está plenamente integrada e outros 24% dizendo que a IA generativa está implantada, mas ainda não totalmente integrada às operações.
Os executivos das empresas apontaram erros na adoção da IA generativa que esperam evitar ao integrar agentes de IA. Em particular, muitos acham que suas empresas se precipitaram sem um planejamento suficiente ou que acabaram gastando demais na tecnologia.
O potencial da IA agente também não é todo positivo. Muitos entrevistados na pesquisa estavam preocupados com os riscos muito reais de adotar a tecnologia. Entre as principais preocupações estava a segurança. Quanto mais uma empresa delega sistemas de IA agentes para interagir com dados sensíveis da empresa, mais esses dados estão vulneráveis a violações de segurança e ataques cibernéticos direcionados à IA.
Executivos de negócios também estavam preocupados com a evolução da regulamentação de IA e leis de privacidade que poderiam colocar em risco as operações da empresa no futuro, entradas de dados ruins que poderiam levar a uma qualidade de saída pior, e alucinações de AI – saídas factualmente incorretas ou sem sentido que continuam a assolar a AI à medida que a tecnologia continua a evoluir.
