Cenário brasileiro
O setor de jogos eletrônicos mundial está em expansão, movimentando mais de US$196,8 bilhões em 2022, segundo projeções da PwC. A pandemia de covid-19 influenciou nesses números, popularizando o trabalho remoto e levando ao aumento no número de jogadores.
Antigamente associada a crianças e adolescentes, a área de jogos eletrônicos hoje alcança um público extremamente plural e diverso. De acordo com a empresa de pesquisa Euromonitor, 21% dos idosos acima de 60 anos jogam videogame com frequência.
A indústria brasileira de desenvolvimento de jogos está acompanhando o crescimento mundial. A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) constatou um acréscimo de 169% no número de estúdios desenvolvedores no Brasil em comparação a 2018.
Concentração regional
Mesmo com o cenário positivo no Brasil, onde a produção está cada vez mais digitalizada e os estúdios estão presentes em todas as regiões do País, ainda há uma concentração na região Sudeste, com mais de 55% das empresas localizadas lá. Essa concentração se deve a uma histórica desigualdade regional que influenciou para que esse nicho fosse iniciado nessa região há mais de 20 anos.
Além disso, mais de 40% dos cursos cadastrados no Ministério da Educação (MEC) voltados para o mercado de jogos eletrônicos estão no Sudeste, com apenas 0,27% deles sendo oferecidos pelo setor público. Os principais eventos relacionados a jogos da América Latina, como a Brasil Game Show (BGS) e a Campus Party, são realizados em São Paulo.
Futuro próspero
Relatórios sobre a indústria brasileira de jogos eletrônicos indicam uma tendência de amadurecimento das pequenas e médias empresas da área, que já estão estabelecidas no mercado há pelo menos cinco anos. A criatividade e o lançamento de jogos inovadores são apostas dessas empresas, trabalhando em projetos mais curtos e ágeis.
À medida que os estúdios atingem a maturidade, criam um portfólio de jogos que demonstra competência para o cenário internacional. Entidades mundiais buscam a contratação dessas empresas devido à descentralização do mercado e ao trabalho remoto.
