O ramo de jogos eletrônicos está em crescimento global, com uma movimentação financeira acima de US$ 196,8 bilhões em 2022. A pandemia da covid-19 teve um impacto significativo nesses números, impulsionando o trabalho remoto e aumentando o número de jogadores devido ao confinamento domiciliar.
Anteriormente associada a crianças e adolescentes, a área de jogos eletrônicos atualmente atrai um público diversificado. De acordo com a empresa de pesquisa Euromonitor, 21% dos idosos acima de 60 anos jogam videogame com frequência, evidenciando uma maior conexão desse grupo com o mundo digital.
A indústria brasileira de desenvolvimento de jogos também acompanha esse crescimento global. A Pesquisa Game Brasil indicou um aumento de 169% no número de estúdios desenvolvedores no Brasil em comparação com 2018, passando de 375 para mais de mil.
O Brasil se destaca como o maior mercado de jogos na América Latina e ocupa o 13º lugar no ranking mundial. Movimentando cerca de R$ 12 bilhões ao ano, o país tem se consolidado nesse setor com investimentos significativos. A exportação de jogos brasileiros ultrapassou a marca de US$ 50 milhões em 2021, com os Estados Unidos e a América Latina como principais consumidores.
A mudança para a distribuição digital e o trabalho descentralizado foram fatores essenciais para o crescimento do mercado de jogos eletrônicos no Brasil. Empresas locais atuam em diversos setores, diversificando suas fontes de receita e expandindo seus produtos para diferentes plataformas.
Apesar da concentração de estúdios na região Sudeste, a produção de jogos se expande por todo o país. A tendência é o amadurecimento das pequenas e médias empresas do setor, que apostam na criatividade e na inovação para conquistar espaço no mercado internacional.
Assim, o futuro da indústria brasileira de jogos eletrônicos é promissor, com empresas locais demonstrando competência e sendo cada vez mais reconhecidas internacionalmente pelo desenvolvimento de projetos inovadores.