O Google tinha como objetivo reduzir suas emissões de carbono para zero líquido até o ano de 2030, mas a inteligência artificial está complicando isso de forma intensiva em termos de energia.
O gigante das buscas na internet disse que sua pegada de carbono aumentou em 2023 – quase 50% em comparação com os números de 2019, de acordo com seu Relatório Ambiental de 2024. Ano após ano, as emissões aumentaram 13% em relação a 2022. A causa por trás desse aumento nas emissões foi a enorme quantidade de energia necessária para que o Google pudesse operar seus data centers e operações de cadeia de suprimentos para impulsionar e alimentar suas iniciativas de IA.
Não é apenas o Google que está lidando com demandas insustentáveis de energia para manter seus sistemas de IA funcionando. Várias empresas de tecnologia influentes, incluindo a Amazon Web Services, estão recorrendo à energia nuclear para alimentar seus projetos. Na verdade, um terço das usinas nucleares nos EUA está discutindo acordos com empresas de tecnologia para fornecer eletricidade para data centers que alimentam os principais modelos de IA, relata o The Wall Street Journal.
Para o Google, o aumento de emissões vai diretamente contra seus objetivos ambientais. Em seu relatório, a empresa afirmou que vai contar com a remoção de carbono para ajudar a compensar os ganhos, mas essa prática não está isenta de controvérsias.
“2023 marca o primeiro ano de implementação de nossa estratégia de remoção de carbono, e embora tenhamos um longo caminho a percorrer para atingir nossa meta de 2030, começamos a estabelecer parcerias impactantes e começamos a contratar créditos de remoção de carbono”, afirmou o Google em seu relatório.
Laura Bratton contribuiu para este artigo.
