O intercâmbio educacional bilateral entre o Brasil e o Japão ocorre nesta semana. O ministro da Educação, Camilo Santana, acompanha as discussões e acordos entre os dois países. Em 2025, será celebrado o “Ano do Intercâmbio da Amizade Brasil-Japão”, marcando os 130 anos das relações diplomáticas estabelecidas no Tratado de Amizade, Comércio e Navegação. Além disso, os países mantêm uma Parceria Estratégica e Global, que completa uma década em agosto deste ano.
O Brasil possui a maior população nipodescendente fora do Japão, com mais de 2 milhões de pessoas, enquanto o Japão abriga a 5ª maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 211 mil habitantes. Cerca de 30 mil brasileiros vivendo no Japão estão em idade escolar, sendo que 4 mil (13%) estudam em escolas privadas com currículo brasileiro.
Durante a viagem, o ministro da Educação se reuniu com a diretoria da Associação das Escolas Brasileiras no Japão (AEBJ), discutindo atualizações normativas para as escolas brasileiras no país. Também foram realizadas reuniões para promover a integração educacional das crianças e adolescentes locais e para aprender com as práticas educacionais japonesas.
Uma das mudanças na resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) destaca o caráter supletivo das escolas privadas com currículo brasileiro, garantindo o direito à educação para os brasileiros que vivem no Japão. No entanto, no Japão, o ensino médio não é gratuito e uma proposta em debate visa ampliar o subsídio às famílias de menor renda.
O ministro reforçou a importância da qualificação continuada dos professores, incentivando o uso de plataformas como o Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC para os docentes brasileiros, seja em escolas públicas ou privadas.
