O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu), compareceu à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para debater o financiamento e o funcionamento dos colégios de aplicação do Sistema Federal de Educação Básica. A reunião ocorreu após solicitação da deputada Dandara Tonantzin (PT-MG). Segundo ela, é essencial rever o acesso a recursos financeiros por parte dessas escolas.
Atualmente, o Brasil possui 24 colégios federais de aplicação que oferecem educação infantil, ensino fundamental e/ou ensino médio. Por serem mantidas e geridas por uma instituição federal de ensino superior, tais escolas servem como campo de experimentação para inovações em didática e gestão escolar, integrando a teoria e a prática pedagógica na formação de alunos e professores.
A diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara Francisco, afirmou que na Sesu são favoráveis à independência administrativa dos colégios de aplicação em relação às universidades, para que tenham autonomia para funcionar da melhor maneira possível. No entanto, ressaltou a importância da interação regulamentada com as instituições de ensino superior, destacando o papel fundamental dessas escolas na formação dos alunos e na geração de inovação pedagógica, especialmente para viabilizar o financiamento adequado.
Também participaram do debate o diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Anderson Sampaio; a presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes das Escolas de Educação Básica das Instituições Federais de Ensino Superior (Condicap), Maristela Mosca; o professor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba/UFU), Neli Edite; parlamentares e outras autoridades governamentais.
Além disso, a diretora Tânia Mara Francisco participou de uma mesa em Natal (RN) com Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), para discutir o tema “Plano de Gestão de Desempenho (PGD)” e os desafios enfrentados pelas universidades federais, principalmente no alinhamento do planejamento operacional ao estratégico e na transformação cultural necessária para implementar mudanças.