Dengue, Coronavírus, Influenza, Chikungunya: De Onde Vêm os Nomes dos Vírus e das Doenças

Um aspecto relevante das doenças infecciosas é a escolha dos nomes dados aos vírus que as causam. A nomenclatura utilizada pode ter grandes impactos sociais e econômicos. Por exemplo, o caso da Mpox, antes conhecida como Monkeypox, gerou discursos racistas na internet e resultou na morte de animais. A OMS, em novembro de 2022, recomendou a mudança do nome da doença para evitar estigmatizações.

Anteriormente, era comum nomear os vírus de acordo com o local de identificação ou os primeiros povos afetados. No entanto, a OMS destacou a importância de adotar nomes cientificamente sólidos e socialmente aceitáveis para evitar associações estigmatizantes.

No caso das zoonoses, referenciar os animais afetados também pode ser prejudicial. Por exemplo, a gripe suína resultou em abates de porcos e proibições de importações de carne, embora o problema fosse a transmissão entre humanos.

Alguns vírus que circulam no Brasil possuem nomes com significados interessantes. Por exemplo, o termo “Influenza” tem origem italiana e significa “influência”. Já “Chikungunya” vem do Makonde, língua do sudeste da Tanzânia, significando “aqueles que se contorcem”, em alusão à dor intensa nas articulações. O vírus Zika recebeu esse nome da floresta em Uganda, onde foi descoberto. E o Coronavírus tem seu nome derivado da aparência do vírus, que lembra uma coroa, com o Covid-19 surgindo da abreviação de “Disease” e “2019”.

Dessa forma, a escolha cuidadosa dos nomes dos vírus e das doenças é essencial para evitar estigmas e impactos negativos na sociedade.