O Ministério da Educação (MEC) entregou o Prêmio Mulheres na Ciência com o intuito de reconhecer os trabalhos de 15 pesquisadoras. Para cada região do país, foram premiadas três mulheres, totalizando cinco premiadas em ciências exatas, cinco em ciências médicas e cinco em ciências humanas. O objetivo da premiação é dar visibilidade à produção científica feminina, visando promover a equidade de gênero na ciência.
As vencedoras foram selecionadas com base no indicador de Citações Ponderadas por Disciplina, que mede o impacto do trabalho em relação a outros do mesmo tipo. Os critérios também incluíram o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada de 2019 a 2023.
Além disso, foi apresentado o relatório intitulado “Progresso em Direção à Igualdade de Gênero em Pesquisa e Inovação – Revisão de 2024”, divulgado pela Elsevier. O Brasil se destaca em equilíbrio de gênero, ficando em terceiro lugar na presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal.
O relatório revela que, globalmente, a participação feminina na pesquisa é de 41%, um aumento significativo em relação aos 21% de 2002. No entanto, a disparidade de gênero ainda é evidente entre pesquisadores mais experientes.
Durante a premiação, a presidente da Capes destacou mulheres notáveis da história da ciência, como Bertha Lutz, Elisa Frota Pessôa, Maria José von Paumgartten Deane e Graziela Maciel Barroso. Essas cientistas foram exemplos de mulheres que fizeram grandes contribuições, mesmo enfrentando barreiras.
Paralelamente à cerimônia de premiação, o governo federal criou o Prêmio Mulheres e Ciência, com o objetivo de promover a participação feminina em altos escalões da ciência, visando a queda de barreiras de gênero. A iniciativa envolveu o CNPq e o Ministério das Mulheres, buscando oportunidades para as mulheres na área científica.