Em 2019, foi realizado um monitoramento que identificou a árvore mais alta do Brasil, um angelim-vermelho com 88,5 metros de altura na Floresta Estadual do Paru, no Pará. Essa árvore é a maior de sua espécie e equivale ao tamanho de um prédio de 30 andares. Vale ressaltar que a média de altura das árvores na Amazônia é de 45 metros.
Apesar das condições climáticas adversas no ambiente tropical, úmido e ventoso, essa árvore vem prosperando por um período estimado entre 400 e 600 anos. No entanto, a espécie enfrenta ameaças devido ao garimpo ilegal e ao desmatamento em vários estados brasileiros.
No estado do Pará, onde também será realizada a conferência COP30 das Nações Unidas em 2025, está sendo planejada a criação de um parque estadual na Floresta do Paru para proteger os angelins-vermelhos. Atualmente, a área é considerada uma unidade de conservação de uso sustentável, permitindo atividades como manejo florestal e ecoturismo. Mas há planos para transformar partes da floresta em áreas de proteção integral, permitindo apenas atividades de pesquisa e educação ambiental.
Apesar dos esforços de conservação, a presença de mais de 2 mil garimpeiros ativos na região demonstra a urgência de ações efetivas de proteção. A exploração de ouro na área também representa um risco, com autorizações para mineração em análise. O desafio de combater o garimpo ilegal é grande, e a falta de recursos e pessoal para fiscalização é um obstáculo.
No estado do Amapá, um único angelim-vermelho está conservado na Floresta Estadual do Amapá, mas já foram identificados alertas de desmatamento na região. Assim como no Pará, a falta de pessoal e operações de campo limitadas dificultam a proteção das áreas de conservação.
É importante ressaltar a necessidade de ações efetivas para proteger essas espécies e seus habitats, garantindo a preservação dessas árvores tão importantes para o meio ambiente.
