UFPB Estuda IA Para Diagnosticar Doenças Neurodegenerativas.

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), pesquisará o uso da inteligência artificial (IA) para o diagnóstico e monitoramento de diversas condições de saúde. Pesquisadores que integram o projeto “Biomarcadores vocais e neurofisiológicos para predição, diagnóstico e monitoramento da saúde” indicaram que a iniciativa será iniciada em 2025 e receberá investimentos significativos. A pesquisa visa estudar a viabilidade de desenvolver sensores com IA que identifiquem mudanças de padrão em marcadores biológicos, como a voz humana, para indicar possíveis transtornos mentais ou neurodegenerativos, como esquizofrenia, depressão, Alzheimer, doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O professor Leonardo Lopes, do Centro de Ciências da Saúde da UFPB, destacou que o investimento da União será destinado ao treinamento das equipes envolvidas e à aquisição de equipamentos de ponta. As tecnologias utilizarão mapeamento em tempo real do funcionamento do cérebro, músculos e outras estruturas corporais durante atividades diversas. Com os dados coletados, será possível o desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial e sensores para monitorar a evolução dessas doenças de forma não invasiva e contínua. A detecção precoce de condições mentais e neurodegenerativas pela análise da voz se deve à complexidade da fala humana, que reflete alterações em outras estruturas do corpo e áreas do cérebro.

A iniciativa envolveu 22 pesquisadores de 12 programas de pós-graduação da UFPB e de outras instituições, atuando em diversas áreas do conhecimento. A expectativa é que os sensores desenvolvidos possam ser comercializados a preços acessíveis, impactando na otimização de recursos humanos e financeiros da área da saúde. O objetivo é que esses avanços sejam utilizados não apenas para diagnosticar condições como autismo, Alzheimer e depressão, mas também para monitorar pacientes em situações críticas, contribuindo para a melhor utilização dos recursos disponíveis.