Ufes Desenvolve Robô Que Pode Auxiliar Operações De Resgate

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), desenvolveu um robô para explorar e mapear ambientes. Batizado de HCS A1, ele possui tecnologia capaz de auxiliar resgates em desastres e facilitar a gestão de espaço de empresas.

A tecnologia poderá construir mapas com alto grau de realidade, proporcionando ao usuário a sensação de telepresença. Essa visualização de ambientes à distância, de forma imersiva e virtual, ocorre com a ajuda de um controle que permite ao usuário sentir, por meio do tato, a interação com o espaço. Por exemplo, os sensores detectam quando o controlador está diante de um obstáculo e o impedem de direcionar o robô para a frente. Nesse contexto, a pessoa sentirá resistência ao manuseá-lo e redirecionará o trajeto.

O robô é fruto do trabalho de pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (LabTel) e do Laboratório de Sistemas Centrados no Ser Humano (HCS) da Ufes. Ambos são do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Ufes.

“Procuramos desenvolver robôs móveis e estratégias de controle e interação para a utilização em diferentes contextos. Conseguir mapear ambientes com essa característica de tridimensionalidade, em 3D, nos permite várias aplicações e maior imersão de quem opera o robô. É um avanço que dificilmente seria alcançado com tecnologias que constroem mapas planos, em 2D”, afirmou Anselmo Frizera, orientador do projeto.

Usos do robô – As habilidades do HCS A1 possibilitam a sua utilização em diferentes áreas. Na área de segurança, o robô pode ser usado em regiões de desastres, auxiliando os bombeiros, por exemplo. Em um cenário de altas temperaturas, como um incêndio, é possível utilizar robôs desse tipo para mapear o espaço, identificar a localização das vítimas e, em seguida, iniciar o resgate.

Em espaços industriais, podem-se realizar inspeções para localizar equipamentos e identificar situações irregulares. É possível monitorar o espaço, controlando estoques e detectando a presença de pessoas em áreas classificadas como restritas ou de risco à vida.

Tecnologia – O robô possui um conjunto de câmeras que estimam a posição dele e, ao mesmo tempo, mapeiam o ambiente. Além disso, para possibilitar a navegação autônoma, há a aplicação de um sensor que coleta informações a fim de identificar obstáculos em volta de todo o robô, ajudando na navegação.

“A integração do conjunto de sensores permite que o robô visualize o mundo em três dimensões, proporcionando ao operador uma noção de profundidade, além de um feedback háptico [no tato], resultando em uma sensação de realismo durante a teleoperação. Além disso, essas informações podem ser utilizadas para a detecção de objetos, possibilitando diversas aplicações e aumentando a autonomia do robô”, concluiu Igor Vieira, autor do estudo.

Este conteúdo é uma produção da Ufes, com apoio da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC).