Encontro Sobre Indicação Geográfica Apresenta Resultados

O Encontro de Indicação Geográfica com a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica finalizou as atividades na última sexta-feira. O evento foi realizado no Campus Venda Nova do Imigrante, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Na ocasião, foram realizadas capacitações e apresentadas novas técnicas, pesquisas e tendências na área de propriedade industrial.

A iniciativa do projeto é do MEC, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), com apoio do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e do Ifes. A solenidade de abertura ocorreu na última quinta-feira, e contou com a participação do Ministério e da Setec.

Representando o secretário Marcelo Bregagnoli, o diretor de Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica, Cláudio Alex Jorge, destacou a potencialidade das indicações geográficas nos institutos federais. “Elas fortalecem o território, valorizam o produto e principalmente as pessoas. Lançaremos um novo edital em breve, focando a verticalização do processo e o investimento em parcerias para o fortalecimento dessas ações”, informou o diretor.

O encontro de Indicação Geográfica reuniu servidores da Rede Federal, estudantes, representantes de cooperativas/associações e o público envolvido na temática. A programação incluiu palestras, visitas técnicas, painéis, mostras, oportunidades de treinamento e networking. Além disso, foram apresentados os resultados dos trabalhos desenvolvidos, bem como os sucessos e desafios enfrentados na execução dos projetos de Indicação Geográfica.

Participantes – Compuseram a mesa de abertura o reitor do Ifes, Jadir José Pela; o diretor-executivo da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia do IFSP (Inova-IFSP), Eder Sacconi; a diretora-geral do Campus Venda Nova do Imigrante, do Ifes, Maíra Maciel; a analista de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), Clebia Petten; e o coordenador-geral de Cooperativismo e Agregação de Valor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Nelson Andrade Júnior.

Projetos – O último edital teve 37 projetos apoiados, incluindo os que já possuem Indicações Geográficas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Com o reconhecimento, aumenta-se a possibilidade de conquistar novos mercados, agregar valor econômico e renda, valorizar o território e incrementar o turismo. No Brasil, existem atualmente 128 registros de Indicação Geográfica.

Destaques – Alguns projetos já contam com a Indicação Geográfica do tipo Indicação de Procedência (IP). São eles: Região de Pinhal para Café (SP), Vale do São Francisco para Vinhos (PE), Matas de Minas para Café (MG), Venda Nova do Imigrante para Socol (ES), São Mateus para Pimenta Rosa (ES) e Goiabeiras para Panelas de Barro (ES). IP é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território que seja reconhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Já o projeto da Região de São Joaquim para Maçã Fuji (SC) tem Indicação Geográfica do tipo Denominação de Origem (DO), significando que o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território designa produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.