O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), está representando o Brasil no Global Student Prize, considerado o “Prêmio Nobel Estudantil”. A aluna Millena Xavier Martins, da 3ª série do ensino médio, foi classificada como uma das 50 finalistas entre estudantes de todo o mundo. O prêmio recebeu mais de 11 mil candidaturas, de 176 países.
Pesquisadora e empreendedora, a estudante utiliza inteligência artificial (IA) para contribuir com questões sociais nas áreas da educação e da saúde. Sua atuação nessas áreas se deu pela participação em olimpíadas científicas, com o apoio de professores do Colégio da UFV, que, no ano que vem, completará 60 anos de criação. Segundo Millena, estudar em uma instituição federal tem dado a ela a oportunidade de vivenciar o ambiente universitário de altas demandas e, ao mesmo tempo, participar de atividades de pesquisa e extensão.
A estudante foi a pessoa mais jovem do mundo a entrar na lista da Forbes Under 30. Quase 40 premiações científicas preenchem o seu currículo, incluindo medalhas de ouro nas Olimpíadas Brasileiras de Tecnologia (OBT) e de Informática (OBI), bem como na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). A adolescente também foi agraciada com bolsas integrais para participar de programas internacionais em universidades como Stanford, Yale e Toronto.
A trajetória da estudante da UFV no ativismo social teve início quando assistiu à cerimônia de premiação da Olimpíada de Astronomia, que ocorreu na escola onde a mãe trabalhava. Inspirada pelos outros jovens e pensando em ajudar a comunidade por meio da educação, criou a Autinosis, uma ferramenta de triagem de autismo por meio da IA. Aos 14, fundou a Prep Olimpíadas, impactando mais de 100 mil alunos, e se tornou a representante latina mais jovem no conselho da International Research Olympiad — olimpíada global dedicada a testar a capacidade da pesquisa científica, com mais de 45 países envolvidos e mil participantes. Além disso, lançou a primeira Olimpíada Brasileira de Afrodiversidade (Obafro), com mais de 20 mil inscrições e 46 escolas parceiras.
Global Student Prize – O “Nobel Estudantil” busca destacar os esforços de estudantes que estão transformando o mundo para melhor. O prêmio é aberto a alunos com pelo menos 16 anos de idade e matriculados em uma instituição acadêmica ou em um programa de treinamento e habilidades. Estudantes em tempo parcial e estudantes matriculados em cursos online também são elegíveis para o prêmio. O resultado da edição 2024 será revelado no fim do ano.
Os Estados Unidos foram o país com o maior número de finalistas na edição de 2024: 12 indicados. Atrás aparecem Índia, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Polônia, com três cada. Já Canadá, Uzbequistão, Nigéria, Argentina, Malásia e Indonésia tiveram duas indicações cada. Além do Brasil, os países que receberam uma indicação foram: Austrália, Catar, Equador, México, Bangladesh, Turquia, Costa Rica, Filipinas, Peru, Panamá, Colômbia, Gana e Bulgária.
