Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), desenvolveu uma terapia promissora para o tratamento do câncer de intestino, o terceiro tipo mais frequente no Brasil.
Para isso, os cientistas criaram uma pequena partícula que atua como um guia, levando instruções para o corpo identificar e atacar as células cancerígenas. Essa partícula funciona como um mapa preciso do local do tumor, aumentando a eficácia do tratamento.
Dentro da nanopartícula, foi inserido um RNA mensageiro que contém todas as informações necessárias para a produção de uma proteína pelo corpo, levando as células tumorais à morte programada. Essa abordagem se baseia na mesma tecnologia utilizada pelas vacinas contra a covid-19 da Pfizer e Moderna.
A novidade foi publicada em um artigo na revista científica International Journal of Nanomedicine no primeiro semestre deste ano.
Os pesquisadores estão realizando testes em animais para aprimorar a terapia, especialmente no tratamento de metástases e direcionamento eficaz das nanopartículas para as células que se espalham do tumor principal.
Segundo estimativas do governo, mais de 45 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer de intestino até 2025, com principais fatores de risco relacionados a hábitos de vida e dietéticos. A prevenção e detecção precoce são essenciais para o tratamento dos cânceres de cólon e reto.
A maior parte dos tumores de intestino é tratada com quimioterapia e cirurgia, sendo a ressecção cirúrgica considerada um desafio de adesão devido aos impactos na qualidade de vida.
Este conteúdo é uma produção da UFMG com apoio da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC).
