Julho Não Quebra Novo Recorde de Temperatura Mas Clima Ainda é Quente

O clima do mês de julho de 2024 não conseguiu superar o recorde de temperatura do ano anterior, encerrando assim uma sequência de 13 meses consecutivos de recordes de temperatura, de acordo com o anúncio feito pelo programa Copernicus na última quinta-feira (9).

Apesar disso, a ameaça das mudanças climáticas não diminui. Os dados do Copernicus revelam que a temperatura média em julho de 2024 foi de 16,91°C, 1,2°C acima da média dos últimos 30 anos. Embora tenha sido 0,04°C mais baixa do que no ano passado, julho ainda é considerado o segundo julho mais quente da história.

O Copernicus explicou que a razão para julho não ter quebrado o recorde de temperatura está relacionada ao fim do El Niño, um fenômeno que aquece o Oceano Pacífico e influencia a temperatura global. No entanto, a instituição alerta que a tendência é de um clima cada vez mais quente.

Os dias 22 e 23 de julho deste ano atingiram o recorde de dias mais quentes da história, afetando várias regiões do globo, como América do Norte, sul e leste da Europa, partes da África, Oriente Médio e Antártida. O calor intenso resultou em eventos como mortes por calor em Meca e incêndios florestais no Hemisfério Norte.

A França emitiu um alerta sobre o clima quente durante as Olimpíadas de Paris, iniciadas em 26 de julho. Segundo especialistas, as temperaturas continuarão a subir, sendo as emissões de gases do efeito estufa a principal causa do recorde de temperatura observado nos últimos 13 meses.

Apesar da sequência de recordes ter sido interrompida, as condições responsáveis pelo aumento da temperatura continuam ativas. O importante não é se julho quebrou ou não o recorde de temperatura, mas sim o fato de que 2024 e 2023 foram os anos mais quentes da história. As consequências das mudanças climáticas estão presentes há anos e não serão revertidas pelo fato de julho não ter mantido a sequência de recordes de temperatura.