Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, se inspiraram na capacidade das enguias de produzir eletricidade para desenvolver uma inovadora bateria de gelatina. Dispositivos eletrônicos vestíveis e robôs flexíveis podem ser equipados com essa nova tecnologia. Além disso, essa bateria também pode ser utilizada na área da medicina para tratar condições como epilepsia.
Um dos grandes desafios da robótica flexível é encontrar um material que seja elástico e, ao mesmo tempo, conduza eletricidade de forma eficiente. Geralmente, essas características não são compatíveis, dificultando o trabalho dos pesquisadores.
A inspiração veio do modo como as enguias geram energia. Elas possuem células eletrólitas em seus órgãos, permitindo a produção de eletricidade. As enguias são capazes de gerar diversas cargas, que variam de leves a intensas, podendo até matar suas presas.
A bateria de gelatina esticável foi inspirada na disposição das células no animal para alcançar resultados promissores. Essa bateria utiliza íons como condutores de carga, sendo feita de hidrogéis, que são flexíveis e compostos por 60% de água. Esse material permite que a bateria se estique sem perder suas camadas e condutividade, podendo ser esticada até dez vezes o seu tamanho original sem comprometer sua capacidade de armazenar energia.
Este é um avanço significativo na área da tecnologia eletrônica e da medicina, tornando possível o desenvolvimento de dispositivos mais flexíveis e eficientes.