A Toys “R” Us lançou um dos primeiros anúncios de marca gerados por inteligência artificial – e as pessoas estão impressionadas e céticas.
A empresa de brinquedos se associou à agência criativa, Native Foreign, para fazer o anúncio usando a ferramenta texto-vídeo da OpenAI, chamada Sora, que não está amplamente disponível ao público. O anúncio retrata o fundador falecido da empresa de brinquedos, Charles Lazarus, quando criança sonhando com a loja, e apresenta o mascote da empresa, Geoffrey the Giraffe.
“Charles Lazarus era um visionário à frente de seu tempo e queríamos honrar seu legado com um comercial utilizando a tecnologia mais avançada disponível”, disse Kim Miller Olko, diretora de marketing global da Toys “R” Us, em um comunicado. “Nossa marca abraça a inovação e o apelo emocional da Toys ‘R’ Us para se conectar com os consumidores de maneiras inesperadas.”
Nik Kleverov, diretor criativo da Native Foreign, disse que o Sora permitiu às equipes fazer o anúncio “com uma velocidade e eficiência notáveis”. Com o Sora, Toys “R” Us Studios e Native Foreign conseguiram fazer o anúncio “em apenas algumas semanas, condensando centenas de tomadas iterativas em apenas algumas dezenas” segundo as empresas. Embora o anúncio tenha sido quase inteiramente criado usando a ferramenta de vídeo de IA, as equipes também usaram correções de VFX e música originalmente composta.
Allen T., um criador de vídeo de IA e educador, compartilhou o anúncio no X, apontando com outros usuários que o gerador de vídeo ainda precisa de melhorias na geração de mãos, e que as representações de Lazarus eram diferentes ao longo do anúncio. Enquanto isso, outros usuários tiveram reações mistas, chamando o anúncio de “impressionante” e “incrível”, até “Terrível, ruim e horrível” e “assassinato da marca”.
O anúncio da Toys “R” Us chega em um momento em que as indústrias criativas (e muitas outras) estão lidando com o impacto que a IA generativa terá em seu trabalho.
O uso da IA foi um ponto focal da greve dos roteiristas de Hollywood no verão passado. O acordo alcançado entre roteiristas e estúdios não permitia que a IA “escrevesse ou reescrevesse material literário”, não considerava a escrita gerada por IA como “material de origem” e não obrigava os roteiristas a usarem IA em seus trabalhos, a menos que quisessem.
No entanto, Kleverov afirmou em um comunicado que tanto a indústria criativa quanto a loja de brinquedos estão “vivendo um renascimento, e que a empresa era “a marca perfeita para adotar essa estratégia avançada de IA”.
