O empreendedor bilionário e capitalista de risco Vinod Khosla acredita que a inteligência artificial tornará praticamente toda a expertise gratuita nos próximos dois anos.
“Estou quase certo de que nos próximos 10-15 anos, podemos ter médicos gratuitos para todos no planeta, ou quase gratuitos, com o custo da computação”, disse ele no Forbes Iconoclast Summit, em Nova York. “Temos tutores pessoais quase gratuitos para todas as crianças no planeta, porque a IA será o tutor de IA.”
“Seja falando de engenheiros estruturais ou oncologistas, quase toda a expertise será gratuita”, disse ele, observando que a tecnologia tornará isso possível na próxima década, mas que pode levar de 20 a 25 anos para alcançar a adoção total. O investidor não elaborou substancialmente sobre como isso acontecerá.
A empresa de capital de risco do bilionário, Khosla Ventures, tem interesse direto como um dos primeiros apoiadores da OpenAI. Khosla, que se descreve como um “tecno-otimista com empatia e cuidado reais”, há muito tempo está inserido no Vale do Silício, co-fundando a Sun Microsystems na Universidade de Stanford em 1982. O investidor frequentemente faz manchetes por seu esforço de 15 anos para manter as pessoas fora de uma praia pública ao lado de sua terra.
Khosla comparou a tecnologia ao desenvolvimento da internet, mas observou que a IA é “a primeira vez que obtemos amplificação do cérebro humano”, disse ele.
“Quase todas as funções que os seres humanos podem fazer serão feitas de forma mais escalável, provavelmente melhor do que os humanos podem fazer”, disse ele.
Esses avanços trarão enormes ganhos de produtividade, mas também causarão crescente disparidade de renda, acrescentou o capitalista de risco. Em algum momento, ele disse, isso pode se tornar muito deflacionário e poderá resultar na necessidade de novas maneiras de medir a produção por meio do PIB.
Khosla também apontou as consequências geopolíticas em torno da IA, à medida que a corrida por chips e tecnologia de IA continua a se intensificar entre as duas maiores economias do mundo.
“Estamos claramente em uma guerra tecnoeconômica com a China, e quem vencer terá enorme influência econômica”, disse ele. “E por causa da influência econômica, influência na política, política e ideologia.”
