À medida que avanços em robótica e inteligência artificial continuam, esforços para tornar os robôs menos assustadores e perturbadores e mais amigáveis e humanos são uma área de desenvolvimento desejada. Agora, pesquisadores financiados pelo governo federal afirmam ter criado um robô que pode imitar as expressões faciais da pessoa com quem está falando.
Em um artigo recentemente publicado, os pesquisadores que trabalham sob uma bolsa da National Science Foundation explicaram como construíram seu novo robô, chamado “Emo”, e os esforços que fizeram para tornar a máquina mais responsiva às interações humanas. No início do artigo, os pesquisadores observam a importância do sorriso humano no espelhamento social.
O novo robô dos pesquisadores é um “robô facial antropomórfico”. Esta não é a primeira vez que trabalham com robôs. Uma iteração anterior do robô foi apelidada de “Eva”. No entanto, os pesquisadores dizem que Emo é significativamente mais avançado do que Eva.
O objetivo com Emo era alcançar o que os pesquisadores chamam de “coexpressão”, ou seja, a emulação simultânea da expressão facial de um interlocutor humano. Para conseguir isso, os pesquisadores desenvolveram um algoritmo preditivo treinado em um grande conjunto de dados de vídeo de humanos fazendo expressões faciais. Eles afirmam que o algoritmo é capaz de “prever a expressão alvo que uma pessoa produzirá com base em mudanças iniciais e sutis em seu rosto”. O algoritmo, então, comunica ao hardware do robô qual configuração facial emular em “tempo real”, afirmam os pesquisadores.
Na verdade, fazer o robô produzir uma expressão facial é outra história. As várias configurações faciais do robô são alimentadas por 26 motores e 26 atuadores diferentes. A maioria dos motores é “distribuída simetricamente” – ou seja, são projetados para criar expressões simétricas – com exceção do que controla a mandíbula do robô. Três motores controlam os movimentos do pescoço do robô. Os atuadores, por outro lado, permitem a criação de expressões assimétricas.
Emo também vem equipado com uma “pele” de silicone intercambiável que é fixada no rosto do robô usando 30 ímãs. Os pesquisadores observam que essa pele pode ser “substituída por designs alternativos para uma aparência diferente e para manutenção da pele”, tornando o rosto personalizável. O robô também possui “olhos”, equipados com câmeras RGB de alta resolução. Essas câmeras permitem que Emo veja seu interlocutor na conversa e, assim, emule sua expressão facial.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores escrevem que implantam o que chamam de “estrutura de aprendizado composta por duas redes neurais – uma para prever a própria expressão facial de Emo (o modelo próprio) e outra para prever a expressão facial do interlocutor (o modelo do interlocutor)”. Quando você une o software e o hardware, obtém uma máquina que pode fazer coisas como esta: [link para vídeo].
