A região Sul do Brasil tem apresentado, desde 1950, uma tendência de aumento de extremos de chuvas, como as que têm atingido os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Um estudo liderado por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em colaboração com o Met Office – o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido – apontou essas constatações. Os resultados do estudo, apoiado pela FAPESP por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), foram detalhados em um artigo publicado na revista Earth and Space Science.
Segundo os pesquisadores, as observações feitas indicam um aumento na frequência e na magnitude de extremos de precipitação, deflagradores de processos geo-hidrológicos como inundações, especialmente na região Sudeste da América do Sul, que inclui o Sul do Brasil. As projeções apontam para um aumento do risco de deslizamentos e inundações repentinas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. É importante pensar em medidas de prevenção e preparação para proteger a população e as propriedades vulneráveis aos riscos dessas chuvas intensas que tendem a se intensificar.
