A inteligência artificial gerativa está se infiltrando nos locais de trabalho, e apesar dos receios de que a tecnologia substitua os trabalhadores, alguns funcionários sobrecarregados estão abraçando-a pela produtividade, diz um novo relatório.
Três em cada quatro trabalhadores estão usando inteligência artificial gerativa no local de trabalho, de acordo com o Relatório Anual de Tendências de Trabalho de 2024 da Microsoft e LinkedIn, com 46% deles dizendo que começaram a usar AI nos últimos seis meses. Noventa por cento dos trabalhadores relataram que o uso de AI economiza tempo, e 84% disseram que ajuda a estimular a criatividade para que os funcionários possam se concentrar em outras tarefas. Enquanto isso, 78% dos funcionários de todas as faixas etárias disseram que estão trazendo suas próprias ferramentas de AI para o escritório.
A Microsoft e o LinkedIn entrevistaram 31.000 pessoas em 31 países, e analisaram as tendências de trabalho e contratação para coletar dados para o relatório.
“A AI está democratizando a expertise em toda a força de trabalho”, disse o CEO da Microsoft, Satya Nadella, em um comunicado. “Nossas pesquisas mais recentes destacam a oportunidade para que todas as organizações apliquem essa tecnologia para melhorar a tomada de decisões, colaboração – e, em última análise, os resultados do negócio.”
Um dos motivos pelos quais os funcionários estão usando ferramentas de AI no trabalho é a luta para acompanhar o ritmo e o volume de trabalho, com 68% dos entrevistados relatando esse desafio e 48% dos trabalhadores dizendo que se sentem esgotados.
Mas 53% dos funcionários pesquisados estão preocupados que o uso de AI no trabalho para tarefas importantes os faça parecer substituíveis, enquanto 52% disseram que relutam em divulgar o uso de AI no trabalho. Quarenta e cinco por cento dos trabalhadores temem que a AI substitua seus empregos.
Os empregadores também estão preocupados com a AI, mas de maneiras diferentes. Enquanto 79% dos líderes empresariais entrevistados disseram que adotar AI é importante para se manterem competitivos, 59% relataram sentir preocupação em quantificar os ganhos de produtividade da AI. E 60% relataram preocupação com o fato de que a liderança de suas empresas “carece de um plano e visão para implementar a AI”.
Apesar dos medos dos funcionários de serem substituídos pela AI generativa, a pesquisa da Microsoft e do LinkedIn descobriu que 66% dos líderes empresariais disseram que não contratariam uma pessoa sem habilidades relacionadas à AI. E 71% disseram que prefeririam contratar um funcionário menos experiente com habilidades em AI, em vez de um candidato mais experiente que não tivesse conhecimento em AI.
