O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa é celebrado hoje. Essa data destaca o direito de todos os profissionais da comunicação de investigar e divulgar informações de maneira livre.
Criado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa representa um marco na defesa do direito à liberdade de opinião e expressão. Essa liberdade envolve a ausência de interferência do governo ou de líderes políticos na imprensa, sendo garantida pela Constituição ou outros dispositivos legais.
A liberdade de imprensa é definida pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) como a capacidade real dos jornalistas, individualmente e em conjunto, de selecionar, produzir e divulgar informações de interesse público sem interferências políticas, econômicas, jurídicas e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental. A RSF ressalta que a liberdade de imprensa está ameaçada por autoridades políticas em todo o mundo.
Anualmente, a RSF divulga seu Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, que analisa os principais fatores que impactam a perda de liberdade dos jornalistas. Há uma classificação dos países em termos de liberdade de imprensa, com situações variadas em diferentes regiões do mundo.
A Noruega mantém o primeiro lugar pelo sétimo ano consecutivo, enquanto a Irlanda ocupa pela primeira vez a segunda posição. Por outro lado, países como Afeganistão, Síria e Eritreia estão no final do ranking, sendo considerados locais onde o jornalismo é reprimido, com jornalistas detidos, desaparecidos ou reféns.
No Brasil, apesar de ocupar o 92º lugar no ranking, houve um avanço de 28 posições em comparação com o levantamento anterior. Esse resultado reflete a percepção de especialistas após o fim do governo de Jair Bolsonaro, que foi marcado por conflitos com a imprensa e restrições ao acesso às informações.